Recentemente, o MERCOSUL tem se esforçado cada vez mais para firmar acordos comerciais com diferentes países e alianças em todo o mundo. Um bloco comercial composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, o MERCOSUL tem muito a oferecer em termos de benefícios comerciais e oportunidades econômicas. Coletivamente, o PIB do bloco chega a mais de US$ 2 trilhões, um poderoso ponto de negociação na elaboração de acordos comerciais. Com o Brasil tendo a maior e a Argentina tendo a quarta maior economia da América do Sul, os blocos e alianças comerciais internacionais poderiam facilmente entrar no mercado latino-americano por meio de um acordo com o MERCOSUL.
Com a conclusão do último acordo comercial do MERCOSUL com a UE, o foco agora está na Ásia. As relações econômicas e políticas entre essas duas regiões têm sido lentas, mas agora as duas estão em sintonia. De modo geral, o futuro parece promissor e lucrativo para investidores estrangeiros e empresas que desejam investir e fazer negócios.
Negócios – Por que a Ásia e o MERCOSUL?
À primeira vista, a Ásia e os países membros do MERCOSUL não poderiam ser mais diferentes. A distância física entre as duas regiões é suficiente para impedir conversas sobre comércio. Além disso, seria de se esperar que as barreiras culturais, linguísticas, econômicas e políticas acrescentassem um aspecto adicional e esmagador à mistura. Entretanto, esses julgamentos iniciais estão longe da verdade. Recentemente, as duas regiões perceberam as semelhanças em suas abordagens de planos econômicos, ambientais e de desenvolvimento. Isso criou um ambiente natural e confortável para que as negociações comerciais fossem iniciadas e florescessem.
Relações com a China
A China, a maior e mais poderosa economia da Ásia, tem mantido relações econômicas frouxas com os países do MERCOSUL desde o início dos anos 2000. Foi somente nos últimos dez anos, aproximadamente, que esses laços se fortaleceram. Com a necessidade emergente da China de recursos naturais como minerais, metais e produtos agrícolas, a América Latina continua a ser um importante parceiro comercial para o país.
Devido a essas necessidades crescentes, a China se tornou o principal parceiro comercial de todos os países do MERCOSUL. Ela continua sendo um destino consistente de exportação para produtos latino-americanos e contribui significativamente para o superávit comercial dos países. Mais notavelmente, em 2018, a China foi responsável por US$ 7,4 bilhões do superávit comercial de US$ 22,3 bilhões do Brasil. As exportações brasileiras para o país atingiram a impressionante cifra de US$ 47 bilhões no mesmo ano.
O Cinturão e a Rota pavimentam o caminho para relacionamentos futuros
Mesmo sem um acordo formal, a China e os países do MERCOSUL têm uma relação econômica forte e co-dependente. O desenvolvimento de planos e acordos só aumentará a cooperação entre as duas regiões. Por exemplo, em 2018, o Uruguai aderiu à Iniciativa Cinturão e Rota da China, um projeto projetado em US$ 1 trilhão. O plano busca desenvolver infraestrutura e rotas de cadeia de suprimentos em toda a América Latina para melhorar o comércio internacional. Após a adesão oficial, começaram a surgir rumores de acordos formais de livre comércio entre o Uruguai e a China e/ou entre todo o MERCOSUL e a China. Embora nada oficial tenha sido redigido, a possibilidade permanece.
MERCOSUL e ASEAN
O MERCOSUL não só tem laços estreitos com a China, mas também está desenvolvendo um relacionamento com a ASEAN. A ASEAN é um bloco comercial formado por 10 países do sudeste asiático: Brunei Darussalam, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
Atualmente, a ASEAN e o MERCOSUL não têm nenhum acordo formal de livre comércio. No entanto, os países da ASEAN estão muito interessados em desenvolver uma relação econômica com o bloco comercial sul-americano. O foco do grupo é garantir um intercâmbio comercial forte e mutuamente benéfico com o Brasil, ao mesmo tempo em que aproveita as conexões com os outros membros do MERCOSUL.
Para atrair o bloco e seu maior participante, o Brasil, a ASEAN está anunciando as muitas facetas benéficas e lucrativas de um acordo comercial com eles. Infraestrutura, investimento, tecnologia, educação e turismo são apenas alguns dos muitos setores que os membros da ASEAN estão vendendo ao MERCOSUL em troca de um acordo. Além disso, as agendas políticas e internacionais semelhantes entre as duas regiões são um bom presságio para o pleito da ASEAN.
Desenvolvimentos com a Coreia
A República da Coreia se recusa a ficar de fora das oportunidades econômicas do Mercosul. As conversas entre as duas partes começaram em 2018 e continuam até hoje. Um acordo com a Coreia seria extremamente vantajoso para o MERCOSUL, pois o país é a quarta maior economia de toda a Ásia.
Especificamente, a Argentina está buscando um acordo com a República da Coreia devido às oportunidades no setor agrícola. Pesquisas de mercado mostram que há uma alta demanda no país por produtos alimentícios de alta qualidade, como carne bovina, um setor no qual a Argentina é especialista. Além disso, o aumento do comércio no setor agroindustrial também apresenta grandes oportunidades para o MERCOSUL. A conversa sobre a uniformização das práticas técnicas e sanitárias entre as duas regiões veio à tona e é um bom presságio para as exportações agrícolas e agroindustriais do MERCOSUL.
Por fim, dado o poder monetário que a República detém, uma relação comercial implica investimentos significativos nos países membros do MERCOSUL. A República da Coreia tem os recursos econômicos necessários para impulsionar muitas das indústrias dos países sul-americanos. Em última análise, ambos os grupos saem ganhando, pois o MERCOSUL receberia o financiamento e o desenvolvimento de grandes indústrias e a Coreia teria um parceiro comercial confiável e experiente.
Oportunidades na agricultura
O aumento das tensões entre os EUA e os países asiáticos, especificamente a China, cria muitas oportunidades para o MERCOSUL e para os investidores estrangeiros. Ultimamente, a Ásia tem cortado os laços comerciais com os EUA devido a desentendimentos políticos e econômicos. Agora, eles estão procurando os países latino-americanos para atender às mesmas necessidades e fornecer os mesmos produtos, ou produtos semelhantes, que os EUA costumavam fornecer.
O setor agrícola já deu grandes passos em seu relacionamento com a China. As relações comerciais nesse setor continuarão a crescer. Especificamente, os mercados com o maior crescimento previsto são os setores de soja e carne bovina da região. O setor de soja do Brasil já registrou um aumento de 15% nas vendas chinesas entre janeiro e agosto de 2018. Além disso, as indústrias argentinas de carne bovina, suína e de aves alimentam cada vez mais a população chinesa. As exportações do país para a China atingiram 1 milhão de toneladas no início de 2019, um aumento de 46% em relação ao número de 0,68 milhão de toneladas de 2018.
Os investidores e as empresas que desejam expandir e cultivar plantas agrícolas nos países do MERCOSUL podem agir agora, sabendo que a alta demanda da China continuará.
Mercado lucrativo em recursos naturais
Além disso, os países do MERCOSUL abrigam uma variedade de recursos naturais essenciais. Petroleum, steel, iron ore, and copper are some of the most valuable and most demanded natural resources in China. Great opportunity lies in further developing MERCOSUR’s markets and connections with China in regard to these materials.
Especificamente, a Argentina é conhecida por ter grandes minas de ouro, prata e cobre que foram deixadas intocadas. Dado o crescente foco da China em eletromobilidade e energia renovável, sua demanda por cobre no futuro próximo será imensa. Os investidores que agirem logo estarão mais bem equipados para atender à demanda asiática por recursos.
Você tem uma vantagem inicial
As relações comerciais entre o MERCOSUL e a Ásia são claramente abundantes. Embora não haja acordos formais até o momento, ainda há muitas oportunidades de negócios lucrativos na região. A China, a ASEAN e a República da Coreia estão ansiosas para se conectar oficialmente com o MERCOSUL e seus pontos fortes econômicos. As discussões diplomáticas entre as regiões continuam a alimentar a prosperidade econômica e as esperanças para o futuro.
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