O comércio brasileiro aumentou como resultado de uma recuperação econômica há muito esperada. O Brasil está em processo de fortalecimento das principais relações comerciais com parceiros como Dubai, o centro de exportação dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
Depois de passar pela recessão econômica em 2016, a economia brasileira começou a apresentar um crescimento positivo, e o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que a economia brasileira terá um salto de 0,8% de crescimento do PIB em 2019 para 2,4% em 2020.
As contas comerciais atuais entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos ultrapassaram a marca de US$ 2 bilhões. Dada a crescente troca de mercadorias entre esses dois países, eles desenvolveram um relacionamento mais profundo e estão trabalhando para otimizar o comércio para ambas as partes.
Neste artigo, descrevemos as oportunidades comerciais para o comércio internacional entre o Brasil e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
A relação comercial Brasil-Dubai
O comércio bilateral do Brasil com os Emirados Árabes Unidos aumentou nos últimos dois anos, especialmente com a cidade/estado de Dubai.
Há relatos de que nos primeiros 8 meses de 2019, o comércio entre os Emirados Árabes Unidos e o Brasil atingiu US$ 2 bilhões.
Em 2018, o comércio bilateral entre Brasil e Dubai foi de US$ 1,66 bilhão, com aproximadamente US$ 1,5 bilhão em exportações do Brasil para Dubai. Essa balança comercial mostra como o Brasil estabeleceu com sucesso uma relação comercial com essa região do Oriente Médio.
Além disso, as previsões para 2019 devem superar os números de 2018. Somente no primeiro semestre de 2019, o comércio entre Dubai e o Brasil atingiu US$ 1,06 bilhão, demonstrando um crescimento comercial positivo contínuo e destacando um boom de exportações de carne do Brasil.
Comércio com o Brasil: Principais produtos exportados para os Emirados Árabes Unidos
Uma das principais características dessa importante relação comercial é o extraordinário excepcional das exportações de carne brasileira para os Emirados Árabes Unidos.
No primeiro semestre de 2019, o agronegócio brasileiro registrou um aumento de 439,84% nas exportações de carne bovina, sendo os Emirados Árabes Unidos um dos principais responsáveis por essa tendência. Segundo informações, o Brasil exportou 51.000 toneladas de carne bovina para os Emirados Árabes Unidos de janeiro a junho de 2019.
Essa quantidade impressionante de exportações foi atribuída a uma variedade de fatores, como a “prática halal” – a forma islâmica de transformar animais ou aves em carne – que é amplamente praticada no Brasil, e o desenvolvimento de relações comerciais amigáveis entre o gigante latino-americano e os países árabes.
Portanto, o comércio do Brasil com os países árabes está aumentando. Durante sua recente viagem à Ásia, em outubro deste ano, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro assinou um acordo de cooperação com a Arábia Saudita. Esse acordo compromete os dois países a uma cooperação mútua em setores como agricultura e indústria, energia, mineração, infraestrutura, transporte e outros. Além disso, em novembro deste ano, a Autoridade Sanitária Saudita (SFDA) autorizou oito novos estabelecimentos brasileiros a exportar carne bovina para o país.
Com esse desenvolvimento, o Brasil está se estabelecendo como um fornecedor de alimentos para os países árabes, o que representa uma oportunidade comercial para o empreendedorismo do agronegócio.
Necessidades de suprimento de alimentos de Dubai
As exportações do agronegócio brasileiro são importantes para os Emirados Árabes Unidos porque o país importa cerca de 85% de seu suprimento de alimentos.
Os Emirados Árabes Unidos têm menos de 1.000 metros cúbicos de água per capita, por ano, o que é definido como um país com escassez de água pelas Nações Unidas. Além disso, a terra arável também é escassa nos Emirados Árabes Unidos. Essas condições resultam em uma baixa produção agrícola e em uma importação maciça de produtos alimentícios.
Outro fator importante que os Emirados Árabes Unidos precisam considerar em um futuro próximo é sua crescente população, que deverá aumentar de 9,4 milhões para aproximadamente 10,5 milhões até 2025. Isso coloca uma pressão imensa sobre o país para garantir recursos alimentares sustentáveis suficientes em um futuro próximo.
Portanto, os investidores e empreendedores que buscam incorporar um negócio no Brasil podem esperar ter sucesso no mercado agrícola brasileiro como resultado dessas demandas crescentes dos Emirados Árabes Unidos.
Um acordo de comércio internacional assinado entre Brasil e Dubai deve impulsionar o comércio
O governo brasileiro é conhecido por ser protecionista em relação ao seu mercado; no entanto, o governo tem negociado com sucesso com a China, os EUA e outros mercados importantes.
Em 27 de outubro, o presidente Bolsonaro e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, e o governante de Dubai, Bin Rashid Al Maktoum, assinaram um acordo para aprofundar os laços comerciais.
Durante a visita do presidente, os dois países assinaram acordos para maior cooperação em alfândega, defesa e comércio. De acordo com uma declaração conjunta divulgada após a assinatura, a intenção dessas iniciativas é promover parcerias de fundos de investimento em agronegócios, infraestrutura, defesa e energia.
Os Emirados Árabes Unidos são um país importante com o qual você pode estabelecer laços devido à crescente demanda por produtos agrícolas e à posição estratégica de Dubai como um importante centro de comércio. Dubai é um dos três principais centros de exportação e reexportação do mundo. Devido à sua localização estratégica, o emirado atua como uma porta de entrada entre o Oriente e o Ocidente, o que resultou em fortes relações comerciais com a Alemanha, os EUA, a França, a Itália, a China, a Índia, o Japão e o Reino Unido.
Além das modernas tecnologias de logística e armazenamento que facilitam as operações comerciais, os Emirados Árabes Unidos têm uma legislação de apoio para beneficiar as atividades comerciais:
- Não há impostos diretos sobre os lucros das empresas
- Permissão de 100% de repatriação de capital e lucros
- Sem controle de câmbio
- Moeda estável indexada ao dólar
- O acordo comercial do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG)
- O grande acordo árabe de livre comércio
- O Acordo da Área de Livre Comércio Europeia (EFTA)
No caso específico do Brasil, os Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo com o Brasil para evitar a dupla tributação sobre a renda.
O aumento das exportações para Dubai não apenas tem o potencial de atender às necessidades do país, mas também abre portas para o comércio com os países vizinhos e realiza atividades de reexportação.
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Considerando a recuperação econômica do Brasil e seu enorme potencial como economia emergente, investir no país é uma oportunidade atraente. O país não só está expandindo seu setor agrícola e suas exportações para os Emirados Árabes Unidos e outros mercados vizinhos, como também oferece outras opções econômicas viáveis em setores como o de produção mineral.
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