De acordo com as projeções mais recentes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o PIB da América Latina deve crescer em 2024, e as exportações de produtos regionais devem aumentar em 4%. A análise da Comissão mostra que os volumes de exportação estão se expandindo em 5%, enquanto os preços podem diminuir em 1%. Esse crescimento é particularmente impulsionado pelas quatro maiores economias da América Latina: Brasil, México, Argentina e Colômbia.
A Revisão Estatística de Outubro de 2024 da Organização Mundial do Comércio indica que o desempenho comercial da região varia significativamente por sub-região, com o Caribe apresentando um notável crescimento de 23% nas exportações, enquanto a América do Sul e o México demonstram ganhos mais modestos de 5% e 2%, respectivamente.
Esse é um voto de confiança significativo para a região e chamou a atenção de investidores e empresas de todo o mundo. Essa é uma informação valiosa para aqueles que desejam formar uma empresa no Brasil ou em qualquer outro lugar da região. O Relatório de Tendências Comerciais 2024 do Banco Interamericano de Desenvolvimento destaca que, embora as economias latino-americanas tenham enfrentado vários desafios na última década, 2024 marca um ponto de virada com o fortalecimento das relações comerciais e a crescente diversificação das exportações.
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Integração regional e oportunidades de comércio
O cenário do comércio latino-americano está sendo remodelado pelo fortalecimento das relações e da integração regional. De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o comércio intrarregional demonstrou uma notável resiliência com uma taxa de crescimento de 4,2% em 2024, especialmente em serviços digitais entre Brasil, Argentina e Uruguai.
Um desenvolvimento marcante ocorreu em dezembro de 2024 quando, de acordo com a Euronews, o acordo comercial UE-Mercosul foi finalizado, criando uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, abrangendo 780 milhões de pessoas. A análise de 2024 do Council on Foreign Relations mostra a importância do MERCOSUL como o terceiro maior mercado integrado do mundo, com um valor total de comércio que chega a US$ 46 bilhões em 2022. Dentro desse bloco, o Brasil responde por 60% do PIB, a Argentina por 30%, enquanto o Paraguai e o Uruguai contribuem com 5% cada.
Essa integração regional é complementada pelos pontos fortes de cada país. Por exemplo, o Ministério da Economia do Paraguai informou, em maio de 2024, que o comércio total do país atingiu US$ 12 bilhões, com as principais exportações incluindo:
- Soja (US$ 1,789 bilhão)
- Eletricidade (US$ 608 milhões)
- Farinha de soja (US$ 348 milhões)
Enquanto isso, as importações se concentraram em:
- Petróleo (US$ 963 milhões)
- Dispositivos telefônicos (US$ 785 milhões)
- Automóveis (US$ 267 milhões)
Principais mercados e oportunidades comerciais por país
Vamos examinar como cada uma das principais economias da região está aproveitando essas oportunidades de integração:
Como funciona a importação e a exportação no Brasil?
De acordo com o Relatório de Comércio 2024 do Ministério da Economia do Brasil, o Brasil mantém sua posição como uma grande potência econômica regional. Como membro do BRICS, o país fortaleceu suas parcerias comerciais internacionais, especialmente com outras nações do BRICS. A Pesquisa Econômica do Brasil de 2024 da OCDE destaca a infraestrutura robusta do país e o sistema de transporte que facilita o comércio, observando melhorias significativas na eficiência dos portos e nas redes de logística.
Como você pode importar para o Brasil?
De acordo com o último perfil de país da Organização Mundial do Comércio, os principais parceiros de importação do Brasil continuam sendo a China (32,3%), os Estados Unidos (16,2%) e a União Europeia (18,4%). O Banco Central do Brasil informa que as principais importações incluem insumos industriais de alta tecnologia, produtos químicos, petróleo refinado, equipamentos de transporte e eletrônicos.
Um estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o Brasil não é tradicionalmente uma grande nação importadora em comparação com economias de tamanho semelhante. O setor agrícola do país gera importações significativas de produtos químicos orgânicos e fertilizantes, com a projeção da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de que o Brasil será responsável por 70% do crescimento da terra arável do mundo até 2050.
Como exportar do Brasil?
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Brasil (SECEX), o perfil de exportação do Brasil continua diversificado, com produtos minerais (minério de ferro e petróleo bruto) liderando com 24%, seguidos por produtos agrícolas (22%) e produtos manufaturados (21%). O relatório de 2024 do Ministério da Agricultura mostra que o Brasil manteve sua posição como o maior exportador de soja do mundo, com a China permanecendo como o principal destino, respondendo por 67% das exportações de soja do Brasil.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) informa que os principais parceiros de exportação do Brasil são a China (32%), os Estados Unidos (12%) e a União Europeia (16%). Dados recentes do Banco Central do Brasil indicam que 42% dos produtos de exportação do Brasil são direcionados aos mercados asiáticos, o que reflete o direcionamento estratégico do país para as economias asiáticas.
O relatório 2024 Commodity Markets Outlook do Banco Mundial sugere que a forte dependência do Brasil das exportações de commodities o torna vulnerável às flutuações de preços. Em resposta, o governo brasileiro lançou iniciativas para diversificar sua base de exportação, principalmente em setores de valor agregado, como alimentos processados, manufatura avançada e serviços de tecnologia.
Como funciona a importação e a exportação no México?
De acordo com o Relatório de Comércio 2024 da Secretaria de Economia do México, as vantagens estratégicas do México no comércio internacional continuam a crescer. A posição geográfica do país, com acesso aos oceanos Atlântico e Pacífico e compartilhando uma fronteira de 3.145 quilômetros com os Estados Unidos, oferece oportunidades comerciais exclusivas. A Organização Mundial do Comércio observa que o México mantém uma das mais extensas redes de acordos de livre comércio do mundo, abrangendo 46 países por meio de 13 TLCs.
Como importar para o México?
O Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI) informa que as principais importações do México consistem em maquinário e equipamentos elétricos (43%), veículos e autopeças (12%), produtos minerais (8%) e plásticos (7%). De acordo com o Banco Central do México, os principais parceiros de importação do país são os Estados Unidos (43,8%), a China (21,2%), a União Europeia (12,1%), o Japão (3,9%) e a Coreia do Sul (3,7%).
A Associação Mexicana de Pesquisa Econômica (AMEI) identifica oportunidades significativas na importação de tecnologias avançadas de fabricação. Sua análise de 2024 sugere que as empresas que trazem tecnologias inovadoras de automação industrial e da Indústria 4.0 podem se beneficiar do crescente setor de manufatura do México e de sua integração às cadeias de suprimentos globais.
Como exportar do México?
De acordo com o último relatório de comércio exterior do INEGI, o perfil de exportação do México é dominado por produtos manufaturados (88,7% do total de exportações). A Associação Mexicana da Indústria Automotiva (AMIA) relata um crescimento significativo no setor, com a produção de veículos atingindo 3,8 milhões de unidades em 2023. De acordo com o relatório do setor automotivo do Ministério da Economia, o México se tornou o sétimo maior produtor de veículos do mundo e o quarto maior exportador. Grandes fabricantes, como Volkswagen, General Motors, Ford e Tesla, expandiram ou anunciaram novas instalações de fabricação no México entre 2023 e 2024, aproveitando a localização estratégica e a mão de obra qualificada do país.
A análise de 2024 do Boston Consulting Group sobre o setor automotivo do México destaca que a transformação do setor em direção aos veículos elétricos (VEs) está criando novas oportunidades. Seu relatório indica que a capacidade de produção de VEs no México deve triplicar até 2026, impulsionada por investimentos de montadoras tradicionais e novos fabricantes de VEs.
O Instituto Nacional de Estatística do México (INEGI) observa que, embora os Estados Unidos continuem sendo o principal destino de exportação dos veículos mexicanos (79,4%), o setor está diversificando ativamente seu alcance de mercado. Acordos comerciais recentes, especialmente o acordo modernizado entre a UE e o México, abriram novas oportunidades nos mercados europeus, onde as exportações automotivas mexicanas cresceram 15,3% em 2023.
O Relatório Econômico de 2024 do Banco do México destaca que os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado de exportação do México, recebendo 81,3% das exportações mexicanas. No entanto, conforme observado pelo Conselho Mexicano de Comércio Exterior (COMCE), o país está diversificando ativamente seus destinos de exportação, com participações crescentes na União Europeia (4,7%), no Canadá (2,8%) e na China (1,9%).
De acordo com um estudo realizado em 2024 pelo Mexico Institute do Wilson Center, o setor de manufatura do México mantém vantagens significativas de custo em relação a outras economias, principalmente em manufatura especializada e de alta tecnologia. A Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL) informa que a integração do México nas cadeias de suprimentos da América do Norte se aprofundou, com tendências de nearshoring aceleradas desde 2023.
O México tem uma vantagem de custo para a fabricação especializada em relação a muitas outras economias. Portanto, apresenta oportunidades de expansão para empresas que buscam garantir uma produção de baixo custo e estabelecer instalações de fabricação. Para as empresas que fabricam produtos usando diferentes insumos, a proximidade do México com os Estados Unidos pode ajudar a encurtar as cadeias de suprimentos.
O setor automotivo no México está crescendo a cada ano. A Volkswagen e a General Motors são apenas algumas das marcas internacionais que instalaram fábricas no país e as oportunidades de exportação de veículos mexicanos são abundantes.
As exportações do México são altamente concentradas e dependentes dos Estados Unidos. Portanto, o México é mais suscetível a choques decorrentes de mudanças na economia dos EUA. O país está procurando mudar sua alta dependência comercial dos Estados Unidos nos próximos anos, abrindo oportunidades para que outras nações abocanhem uma fatia do bolo.
Como importar e exportar de/para a Argentina?
Como membro fundador do MERCOSUL e um participante importante na integração do comércio regional, o papel da Argentina no comércio latino-americano continua a evoluir. A participação do país em vários acordos comerciais e áreas alfandegárias especiais faz dele uma porta de entrada essencial para o comércio regional. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censo (INDEC) da Argentina, a posição estratégica do país no MERCOSUL facilitou o crescimento significativo do comércio intra-regional, principalmente com o Brasil e o Uruguai.
Como importar para a Argentina?
O Relatório Comercial 2024 da Câmara de Comércio Argentina mostra que o perfil de importação do país é dominado por produtos de alta tecnologia e insumos industriais. Os dados mais recentes do INDEC revelam que os principais produtos importados pela Argentina incluem:
- Equipamentos avançados de telecomunicações (23,4% das importações)
- Componentes e veículos automotivos (18,7%)
- Produtos químicos industriais e intermediários (15,3%)
- Produtos de energia, incluindo petróleo refinado (12,8%)
- Máquinas e equipamentos industriais (11,2%)
O Ministério das Relações Exteriores informa que os principais parceiros de importação da Argentina mudaram, com o Brasil liderando com 21,3%, seguido pela China (18,7%), Estados Unidos (12,4%), Alemanha (5,8%) e México (3,9%). Esse padrão comercial reflete o aprofundamento da integração da Argentina no MERCOSUL e seus laços crescentes com as economias asiáticas.
A Agência Argentina de Promoção de Investimentos e Comércio destaca que as áreas alfandegárias especiais e as zonas de livre comércio do país, particularmente aquelas que se conectam com outras nações do Mercosul, oferecem vantagens significativas para as empresas que usam a Argentina como um centro de distribuição regional. Essas zonas registraram um aumento de 15% na atividade entre 2023 e 2024, impulsionado principalmente pelo crescimento do comércio eletrônico e dos serviços digitais.
Como exportar da Argentina?
De acordo com o Relatório de Comércio Exterior 2024 do INDEC, o perfil de exportação da Argentina demonstra uma forte integração regional, mantendo o alcance global. O relatório destaca que as exportações totais da Argentina atingiram US$ 78,4 bilhões em 2023, com o seguinte detalhamento setorial:
- Produtos agrícolas e alimentícios (44,3%)
- Produtos manufaturados (31,2%)
- Commodities primárias (15,8%)
- Combustível e energia (8,7%)
Os dados mais recentes do Ministério da Agricultura mostram que a Argentina continua sendo o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja, o terceiro maior exportador de milho e um dos principais exportadores de trigo. No MERCOSUL, a Argentina fortaleceu sua posição em produtos agrícolas de valor agregado, com as exportações de alimentos processados para o Brasil crescendo 18,3% em 2023.
A Câmara da Indústria Argentina (UIA) relata um crescimento significativo nas exportações regionais de produtos manufaturados, especialmente em:
- Veículos e peças automotivas (predominantemente para o Brasil)
- Produtos farmacêuticos (para países vizinhos)
- Máquinas e equipamentos
- Produtos químicos
- Alimentos processados
A Agência Argentina de Comércio Internacional e Investimento observa que o acordo UE-MERCOSUL deve impulsionar as exportações da Argentina, eliminando as tarifas de 93% dos produtos agrícolas e criando novas oportunidades para produtos industriais. Sua análise de 2024 projeta que isso poderia gerar um adicional de US$ 4,5 bilhões em exportações anuais até 2026.
As exportações de serviços digitais do país também apresentaram um crescimento notável, com o Ministério da Economia do Conhecimento informando um aumento de 25% nas exportações de software e serviços de TI em 2023, principalmente para outros mercados latino-americanos. Isso reflete o papel emergente da Argentina como um centro regional de tecnologia dentro do Mercosul.
Como funciona a importação e a exportação na Colômbia?
A Colômbia está estrategicamente bem posicionada, com portos de águas profundas nas costas do Pacífico e do Atlântico. A logística e a infraestrutura atendem bem a esses portos e há vários aeroportos de carga movimentados. O país é membro da OCDE, além de ser associado ao Mercosul e membro pleno da Comunidade das Nações Andinas. Tudo isso faz com que a importação e a exportação do país sejam fáceis e sem complicações.
Importação para a Colômbia
As principais importações da Colômbia são máquinas (alta porcentagem de equipamentos de transmissão), produtos químicos, transporte, produtos minerais e metais. Outros grandes grupos são alimentos, têxteis e instrumentos médicos. Os principais países para as importações colombianas são Estados Unidos, China, México, Brasil e Alemanha.
A importação de equipamentos que apoiam o setor agrícola colombiano tem potencial. É necessária uma nova tecnologia que possa ajudar na produtividade, na eficiência e na qualidade dos produtos e serviços agrícolas. O governo colombiano também oferece subsídios para a importação de equipamentos agrícolas. A transferência de tecnologia e conhecimento desenvolveu ainda mais o setor agrícola, gerando oportunidades para países com experiência nessa área.
Exportação da Colômbia
Mais da metade das exportações da Colômbia são produtos minerais (petróleo bruto e briquetes de carvão), seguidos por café, flores cortadas, bananas, produtos químicos (incluindo pesticidas) e ouro. Os principais parceiros de exportação são Estados Unidos, Panamá, China, Holanda, México e Equador.
A Colômbia está sendo transformada em uma plataforma de exportação. Empresas estrangeiras, como a Coca-Cola, estão instalando fábricas para maximizar a posição geográfica da Colômbia como porta de entrada para a América Latina. Benefícios como um ambiente de negócios lucrativo e competitivo em termos de custos, apoiado pelo apoio do governo, fazem da fabricação na Colômbia uma oportunidade real.
Outra oportunidade de exportação na Colômbia é a de cannabis medicinal. Um setor que foi legalizado em agosto de 2017, espera-se que o mercado atinja US$ 243 bilhões até 2025. Com terras e clima perfeitos para seu cultivo, o governo agora emite licenças para a fabricação legal de cannabis medicinal. À medida que a legalização se torna mais comum em todo o mundo, as oportunidades de exportação são enormes.
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